terça-feira, 18 de maio de 2010


"Jamais desconsidere a maravilha das suas lágrimas. Elas podem ser águas curativas e uma fonte de alegria. Algumas vezes são as melhores palavras que o coração pode falar."
A Cabana - Willian P. Young


Certo dia me deparei junto a um lago, lágrimas corriam, minhas mãos seguravam meu rosto, completamente encharcado. Perplexa. Traída. Inconformada. Foi quando gritei:

- Deus, por que me abandonaste? – não houve resposta, apenas silêncio.

- Deus, por favor, me fale por que tanto mal, se És tão bom, por que permite isso?

Novamente, nenhuma resposta. Desta vez lágrimas corriam ainda mais depressa, como se uma explosão ocorresse dentro de mim, como se tudo, TUDO, estivesse pulando pra fora, correndo de mim, me lavando. Choro. Dor. Dúvida.

- Como pode Deus, ser tão injusto? – palavras saltavam de minha boca. Foi quando escutei o sussurro de um passarinho que voou e sentou-se ao meu lado. Não sei se passarinhos têm a habilidade de sorrir, mas este parecia que sim. Sorria e cantava. Cantarolava uma canção doce. Essa canção, aos poucos, foi me invadindo. Entrando por onde estivesse caminho, ultrapassando todos os meus poros. E, enfim, invadindo a minha alma. Depois, expulsou a última lágrima e fez nascer um sorriso, meio torto, porém, um sorriso. Foi ai que eu levantei a cabeça e vi o limpo e infinito céu azul, como se nele houvesse todas as respostas para o que eu acabara de perguntar, de um modo confuso, essas respostas rodavam por entre a minha mente. Lutei, mas não conseguir caçar nenhuma delas, mas sabia que estavam ali, de algum modo, sei que estavam. Isso me confortou e arrancou outro sorriso torto de minha face, me deixando conformada. Não triste, nem feliz, mas conformada.

- Obrigada, Deus!





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