sábado, 22 de outubro de 2011

Faremos um acordo, ok? Venha quando quiser, contanto que vá embora quando eu quiser.

Sentada com uma xícara de café à frente, às vezes me coloco a pensar se todo mundo deveria mesmo ter alguém onde possa repousar, ou servir como esconderijo... Creio que não, pois sou exemplo claro disto. Posso repousar em mim mesma e fazer de mim refúgio. Nunca fui boa com relacionamentos, na verdade eu nunca fui boa em muitas coisas, sou daquelas de deixar coisas para trás, pela metade, como uma colcha de retalhos, sou feita de sobras de algo inacabado, sempre incompleta, mas esperando, silenciosamente, alguém que possa me completar.

Manias

Mania de rir só. Mania de andar na ponta dos pés quando descalça. Mania de jogar o cabelo para o lado. Mania de prender o cabelo. Mania de soltar o cabelo.  Mania de desviar o olhar. Mania de verificar o celular a cada minuto. Mania de solidão. Mania de ficar parada com o pensamento no ar. Mania de revirar duas horas na cama antes de dormir. Mania de respirar fundo repetidas vezes. Mania do desapego. Mania de estalar os dedos das mãos. Mania de mexer freneticamente as pernas. Mania de sorrir quando sinto alguém me observando. Mania de dormir ao lado do celular. Mania de dormir com o pé para fora da coberta. Mania de desligar as luzes da casa. Mania de rabiscar algo quando estou com alguém ao telefone. Mania de fazer um caminho com os dedos em minha barriga e me arrepiar. Mania de cheiros. Mania de agradecer à Deus mentalmente à todo momento que me sinto satisfeita. Mania de ligar para minha mãe quando bate a tristeza. Mania de forçar lágrimas quando algo me chateia (Mas elas nunca vêm).  Mania de mordiscar o canto dos lábios. Mania de desenhar. Mania de saudade. Mania de partidas.
Creio eu que o sussurro seja uma forma mais mansa de atingir o coração.
Quisera eu poder repousar em teus ombros e contar-te calmamente sobre todas essas coisas que me atormentam os olhos, fazendo-os transbordar de mágoas.
Cansei de pequenices, agora eu quero grandezas. Mas grandezas que não pesem, grandezas que possam voar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aqueles que não sabem dar tchau.


-Então...
-Tchau...
-Bom te ver.
-Também acho.
-É.
-É...
-Nos vemos.
-Ok.
-Até lá...
-Até...